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As eleições do Conselho Regional de Farmácia e as inquietações da categoria farmacêutica. O que isso me importa? |
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Data de publicação:
Autor: Eduardo Silva CRF 1658 PA
A cada tempo temos o compromisso de renovar as lutas pela profissão farmacêutica. Na prática temos as eleições para os Conselhos Regionais que definem também a direção do Conselho Federal. O que isso me importa, é a pergunta que não quer calar em nosso meio. Há aqui no Pará duas chapas em busca do apoio da categoria farmacêutica, sendo colocadas diversas propostas no intuito de adquirir mais do que apoio, o voto do profissional farmacêutico. Vendo a situação de momento, uma batalha esta sendo travada de um lado e do outro para a conquista desses votos, mas um situação me chama a atenção. Não vi de forma clara a busca de um consenso do que na verdade os verdadeiros protagonistas desse momento democrático estão travando, a luta por mais espaços e também por melhores condições de trabalho. Boas propostas há e cada uma das chapas tem boas intenções com cada uma de suas idéias de melhorar a profissão farmacêutica, porém sinto que nós profissionais que não fazemos parte de nenhuma das chapas, melhor dizendo dos grupos que estão na disputa pela direção não só do CRF local como também do CFF, ficamos numa condição de meros espectadores tentando prever o que se sucederá se grupo A ou B chegar ao poder. A questão não pode ser essa, pois na prática se for isso, o resultado não será benéfico para nós que estamos a margem desses entraves entre grupos. A gestão atual tem seus méritos e também carrega consigo alguns problemas mas que não tiram o brilho do seu trabalho, o grupo adversário tem um importante baluarte da profissão farmacêutica que merece nosso respeito e apreço. Então temos que apostar naquilo que pode impactar a profissão e ao lermos as propostas de cada chapa, não podemos fugir da luta, há que ter uma escolha, ficar no muro não dá mesmo. Porém é necessário que cada um dos grupos venham para a base, escutar de perto os profissionais que ficam atrás dos balcões de farmácia, que no Pará são muitos, graças a Deus e a luta de muitos colegas. Somos uma massa de profissionais que não estamos a serviço de uma classe ou outra, estamos a serviço da sociedade paraense e não podemos só ser lembrados em períodos como esse. Na verdade precisamos estar o tempo todo sendo escutado e atendidos pelos representantes da profissão farmacêutica no âmbito local e nacional. Abaixo a todo assédio que empresas e colegas farmacêuticos tem feito a esses profissionais que atendem dia e noite, de domingo a domingo, mesmo em feriados e dias santos e que muitas algumas vezes os conselhos não tem punido como deveria ser. Empresas que não respeitam seus farmacêuticos não podem ter multa reduzida, tem que pagar sim pois somos literalmente explorados como mão de obra "barata" e sem respeito ou consideração, pois quando pagam nosso salário acham que já fizeram muito. Farmacêutico que pressiona e desrespeita colegas quando em função de coordenação e direção também precisam responder pois quem poderá nos defender além de nós mesmos profissionais e conselhos de farmácia.