As (in)diferenças nossas de cada dia

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Data de publicação: 30/08/2018

Autor: Eduardo Silva CRF 1658 PA

Além das legislações que normatizam os serviços farmacêuticos temos o reconhecimento dos usuários/pacientes do nosso papel de profissionais de saúde. Isso ajuda muito, mas vejo em cada uma dessas situações que nos é colocada (a lei e o reconhecimento) uma certa dificuldade do profissional farmacêutico de se aproveitar desse momento e se inserir cada vez mais nos cuidados tanto na sua execução como na sua formação contínua. Podemos entender ou que o farmacêutico não está disposto a isso ou teve uma formação que não o incentivou a isso. Os casos de pacientes preenchem todo nosso tempo do trabalho e isso exige um esforço maior de cada um de nós no preparo e na escuta clínica. O tempo para atender a cada um deles as vezes é pequeno e o espaço físico não nos ajuda e com isso a indiferença vai tomando conta de alguns profissionais. A cada caso e demanda gerada, aquilo parece que não nos afeta ou incomoda pelo menos. Há inúmeros problemas e quando atuamos clinicamente acreditamos que o ser profissional é um sujeito seco, imparcial e aquelas histórias contadas de forma rápida e as vezes atropelada é um infortúnio, algo desnecessário e o que importa é eu descobri o que é e o que posso ou não indicar. Acabou e pronto, manda outro. As coisas não são bem assim e outros profissionais que clinicam já nos demostraram com suas práticas que essas condutas não são profissionais, são na verdade procedimentos arrogantes e frios de atendimento e nada mais mesmo. Coloque-se na posição do paciente e de seus familiares e veja o quanto é gratificante a pessoa sair do estabelecimento farmacêutico com algo palpável que possa ajudá-lo neste momento de dificuldade. Saindo ou não com um medicamento na mão, essa não é a questão em si. Se sair mas convicto que foi bem orientado tendo um medicamento ou não na mão, mas com uma satisfação enorme do cuidado prestado pelo farmacêutico vai valer a pena. Estar indiferente é uma situação que pode ser corrigida rapidamente mas ser indiferente é algo mais complexo e depende de como o farmacêutico encara a profissão. Para ser farmacêutico com a falta da percepção do outro fica difícil na prática compreender as limitações e dificuldades que passam cada pessoal que busca saúde em nossos estabelecimentos de saúde. Mas do que se preparar é preciso estar atento a essas situações e tirar de cada uma delas o melhor, isso ajuda na formação sua como pessoa e também profissional. Dúvidas e mais dicas acione-nos pelo chat ao vivo ou pela página de Contatos.