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Farmacêuticos Pai d'éguas, Papachibés dentre outros. O que o Pará espera de nós? |
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Data de publicação:
Autor: Eduardo Silva CRF 1658 PA
Sermos farmacêuticos é um fato que não podemos negar quando depois de formados e com registro de classe termos que exercer a profissão farmacêutica dentro de estabelecimentos farmacêuticos ou outros similares. A questão que proponho nessa discussão é o ser farmacêutico no Pará. Quem somos nós farmacêuticos paraenses, com uma cultura própria, jeito próprio de ser e atender as necessidades de nosso público, paraense. Há diversas iniciativas de variados grupos e instituições no intuito de colocar o farmacêutico, acadêmico ou profissional na berlinda, na prova de sua capacidade técnica-laboral. Essas iniciativas levam a cada um dos envolvidos tanto pacientes como profissionais a um patamar elevado quando se busca a todo custo identificar as necessidades do usuário e a partir dessas demandas conscientizá-lo de que ele precisa realizar uma acompanhamento de saúde com outros profissionais além do farmacêutico, no diagnóstico claro e tratamento adequado de seu problema de saúde se for o caso. Na realidade alguns colegas já realizam essa prática no seu cotidiano das farmácias e drogarias de nosso estado. A vitrine para a sociedade e a mídia são esses eventos que ocorrem em locais de grande movimento de pessoas, e não podemos perder essas iniciativas pois servem como trampolim da profissão chegando aos olhos e ouvidos da sociedade local. Temos nosso jeito de ser e fazer, tanto que até o nosso piso salarial é diferenciado de outros estados. Ser Pai'égua ou PapaChibé dentre outras denominações nos faz ver que na essência temos uma diferença que deve ser externada sempre para nossos clientes e/ou pacientes. A escuta, a observação não devem ser esquecidas no atendimento mesmo que seja no balcão, dirá sendo em consultório próprio pois nosso papel de educador de saúde, guardião dos medicamentos, primeiro profissional na linha de frente da saúde, pode gerar benefícios para nossos clientes que adentram em nossos estabelecimentos farmacêuticos devido a nossa capacidade laboral e de entendimento dos cuidados farmacêuticos. Entender nosso paciente que ama uma açaí com charque ou peixe tendo aquela farinha amarela ou d'água "baguda" que tem diabetes ou hipertensão, nos faz ver o quanto essa população paraense necessita de um farmacêutico que a entenda realmente, apesar das dificuldades e diversidades amazônicas que nossa população enfrenta no seu dia a dia. Nesse momento de eleições do CRF/CFF também pensemos em nossos clientes e/ou pacientes balizando as propostas e vendo em que patamar a nossa profissão irá chegar e que ganhos terão os nossos assistidos em nossos estabelecimentos farmacêuticos. Sou Farmacêutico Pai'égua, sou PapaChibé e você o que será?